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Cleiton Juventino

sábado, 12 de março de 2011

O MAR DA GALILÉIA E O MAR MORTO

O MAR DA GALILÉIA E O MAR MORTO
Adaptação de Carlos Garcia Costa

Há dois mares em Israel. Um é doce e lá abundam os peixes. Uma linda vegetação enfeita suas margens. Em suas praias brincam as crianças, como no tempo de Jesus. Ele amava esse mar. Contemplando sua prateada superfície, pregou belos sermões. E, pertinho dali, Ele alimentou cinco mil pessoas com cinco pães e alguns peixinhos. As cristalinas águas do rio Jordão formam este mar, que canta e ri sob a caricia do sol. Os homens constroem suas casas perto dele, os pássaros seus ninhos e tudo quanto ali vive é feliz.

O rio Jordão também desemboca ao sul em outro mar. Ali não há movimento de peixe, nem sussurro de folhas, nem canto de pássaros, nem risos infantis. Os viajantes evitam essa rota. Uma atmosfera densa paira sobre as águas desse mar, que nem homem, nem fera, nem qualquer ave ou peixe suporta.

A que se deve essa diferença tão grande entre os dois mares vizinhos?

Não se deve ao rio Jordão; tão boa é a água que lança num como no outro mar. Também não se deve ao solo que lhes serve de leito e nem às terras que os circundam.

A diferença é que o primeiro mar, o da Galiléia, recebe as águas do rio Jordão, mas não as retém, nem as conserva em seu poder. A cada gota que entra, sai uma gota. O receber e o dar se cumprem ali em idêntica medida.

O outro mar é geograficamente avarento. Recebe e retém o que lhe é dado. Jamais transborda. Cada gota que ali cai é gota que fica, redita, guardada, suprimida.

O mar da Galiléia reparte e vive. O outro, retém tudo para si. Chama-se Mar Morto.

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