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Cleiton Juventino

terça-feira, 12 de abril de 2011

REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO SOCIAL


REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO SOCIAL
BULLYNG – É hora de darmos um basta!

            Os acontecimentos em Realengo/RJ semana passada chamam a atenção para muitas discussões, infelizmente, uma espécie de guerra religiosa instalou-se silenciosa mais tão criminosa quanto o ato praticado contra inocentes vidas (influenciadas por noticiários inverídicos).
            Na verdade, a motivação da ação, ao meu ponto de vista deve-se ao fato de negligenciarmos o que ocorre nas escolas, e em diversas camadas sociais, e, infelizmente também na religião, isto fazendo referência ao bullyng, violência sofrida entre os muros de nossa residência (onde deveríamos sentir segurança e amor), entre os muros de nossa sociedade (onde deveríamos sentir útil), entre os muros de nossas escolas (onde deveríamos aprender...), entre os muros da religião (onde seriam aprendidos e aprimorados princípios que nos integra uns com os outros e com o Criador)...
            Mas o que temos presenciado? Estes lugares estão imprimindo em nós um instinto faroeste, a idéia de um mundo sem lei, a idéia de que nós devemos ser a própria lei (o que definitivamente não funciona). Estamos vivenciando um anunciado bíblico de um mundo sem amor, de pessoas que se posicionam contra seus pais e estes contra seus filhos, e em lugares onde se deveria aprender algo de bom estamos convivendo com um ensino deturpado e fraudulento.
            Sou pastor evangélico, e um indivíduo em minha cidade, enquanto conversávamos sobre o fato ocorrido na última quinta-feira (07 de abril de 2011), me disse que uma pessoa faz tamanha barbaria “porque sabe que o outro está desarmado e indefeso” o que de certo modo pode ser verdade, mais não pode e nem deve alimentar a idéia de se ampliar o porte de arma (caso você não percebeu, foi uma das pautas da câmara na semana deste acontecimento bárbaro).
            O que penso, se é que isto importa, é que se deveria investir numa formação de cultura sadia (aplausos para as atividades como o PROJETO DESARMANDO A ALMA desenvolvido em Ipatinga/MG e algo semelhante que aconteceu no RJ esta semana). E no combate ao tráfico ilegal de armas e munições, para isto ampliando os investimentos na polícia de inteligência e não apenas de força, pois se tem um conceito que aprendi sobre uma batalha, seja ela vísica, espiritual, social... é que aqueles que estão por detrás da situação com a voz de comando, não estão na linha de frente puxando o gatilho, estão no lugar de comando, bem amparados e protegidos estudando novas estratégias para tomar territórios.
Dizemos que queremos um mundo de paz, mas desconhecemos a paz, não a compreendemos, não tivemos um encontro com ela e por esta razão armamos a alma de nossos filhos com brinquedos que contradizem a paz e que os motiva à violência, damos revólveres, videogame de guerra, de incentivo ao roubo de carga, de violência, que os motivam a atirar, que os habilitam ao ódio...
Quero deixar um convite aos pais a conhecer os brinquedos favoritos de seus filhos, os videogames que mais o emocionam, a ir à LanHouse que seu filho freqüenta. Somente para exemplificar, cheguei em uma LanHouse próximo a residência de meu irmão, é um ambiente saudável, familiar, muito interessante, porém, resolvi atentar para um jogo que alguns adolescentes jogavam, e o que percebi é que um estava virtualmente dando tiro no outro.
É isto que tem ocorrido, as crianças saem da escola e trocam tiros umas contra as outras e nós ingenuamente perguntamos o porque de tanta violência? Por que tanta agressividade? Por que parece que o jovem de hoje parece estar com ódio do mundo?
Só para não me alongar mais, a resposta a tudo isto está nos professores que sofrem os maus tratos desta corja de sanguessugas que apressadamente votam seus interesses, fazem belos discursos, e se importa o mínimo possível com o povo e pagam salários desprezíveis aos nossos mestres, que como conseqüências trabalham em jornadas prolongadas, desgastam-se e como conseqüência sacrificam a família, e ainda enfrentam no trabalho humilhação por parte de seus diretores, sindicatos, alunos, pais...
Pense com carinho, o Bullyng na verdade, esta sendo aplicado a todos, razão pela qual muitos adotam a educação como último recurso, pois ninguém produz com eficiência sendo tratado de forma desumana, por esta razão, enquanto se voltavam a atenção para Realengo/RJ, muitas outras pessoas eram vitimadas em todo o canto da nação por homens, mulheres e adolescentes vítimas do bullyng, vítimas de nosso descaso social.
            Quero que você observe alguns discursos na Câmara de Deputados Federais, e chegue ao seu consenso, à sua conclusão, e decida ou não permanecer inerte a tudo isto:

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 021.1.54.O
Hora: 15:34
Fase: PE
Orador: MÁRIO DE OLIVEIRA, PSC-MG
Data: 23/02/2011





O SR. MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC-MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à Tribuna tratar de temática certamente pertinente, pelo seu forte conteúdo inclusivo. Refiro-me ao bullying, tema de grande repercussão nacional.
O bullying é uma palavra inglesa que traduz atos de violência física e psicológica intencionais e repetitivos, sem motivação e exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia. O objetivo desse ato criminoso é intimidar ou agredir pessoas sem dar-lhes a possibilidade ou capacidade de se defender, numa relação desigual de forças ou de poder.
Sr. Presidente, quando ouvimos pronunciar a palavra bullying, lembramos logo das escolas, da violência juvenil, mas a prática de tal ato não se encontra apenas nas escolas, mas também em locais onde seres humanos se interagem, como nas universidades, no seio das famílias, nos locais de trabalho, na política e, inclusive, entre os militares.
O bullying entre países ocorre quando um país decide impor sua vontade a outro, impedindo que países menores se desenvolvam. No meio militar ocorre quando autoridade usa da força física para impor castigos ilícitos.
Sr. Presidente, o bullying é um ato de violência que causa para o cidadão constrangimento, dor irreparável.
Conforme pesquisa divulgada em 2008 pela ONG Internacional Plan, que atua em 66 países em defesa dos direitos da infância, por dia, cerca de 1 milhão de crianças em todo o mundo sofrem algum tipo de violência nas escolas. O Brasil foi incluído no estudo, e os resultados foram alarmantes: 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis estados afirmaram terem sido vítimas de violência escolar.
O grande problema é que as vítimas do bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos antissociais ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinquentes ou criminosas. Grupos em que o comportamento violento é percebido antes da puberdade tendem a adotar atitudes cada vez mais agressivas, que culminam em graves ações na adolescência e a persistência da violência na fase adulta.
Sras. e Srs. Deputados, a violência pode ser evitada, seu impacto minimizado e os fatores que contribuem para respostas violentas mudados. É fundamental acreditar na ação restauradora de Deus sobre a violência juvenil. Uma vida verdadeiramente vivida em Cristo implica mudança de valores, pensamentos, crenças e estilos de vida.
Sr. Presidente, solicito que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa e no Programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
 
O "bullying", expressão em inglês que significa intimidação, é um ato de violência física ou psicológica, intencional ou repetitiva, praticada por uma ou mais pessoas. O deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) apresentou um projeto criando um Programa de Combate ao Bullyng, destinado a identificar as crianças vítimas desse abuso nas escolas e na sociedade e estabelecer mecanismos de prevenção.  (09/11/2009).




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